O esquema dos remédios era apenas uma pequena parte da máquina clientelista de Tomba.
O que parece estar fazendo toda diferença nesta campanha fora de época é a falta de um bloco de vereadores em ação.
Para o candidato a Prefeito, lá de cima, sempre foi mais difícil operar diretamente o "toma lá, dá cá". Esta demanda ficava por conta, normalmente, das campanhas de vereador.
Nesta eleição atípica, cada candidato a Prefeito perdeu o apoio valioso das campanhas de vereadores.
Tudo leva a crer que o prejuízo desta ausência está sendo enorme para Ivanildinho, o candidato de Tomba.
Noutro texto, eu escrevi que o 40 só não ganharia se a máquina clientelista falhasse. Eu achava que não falharia.
Mas, depois do empate técnico da pesquisa Consult, é possível intuir que algo não vai bem na Santa Cruz encantada dos tombistas.
O eleitorado deste grupo está acostumado a garantia de benefícios pessoais.
Tomba estará dando conta de atender, sozinho, a enormidade de interesses que chegam até sua mesa?
A prefeitura está inchada de cargos e a campanha de Ivanildinho aparenta não estar em condições de tapar o buraco deixado pelo tradicional e indispensável grupo de vereadores endinheirados.
Assim, diante de um adversário fragilizado, a oposição tem reais chances de conquistar sua primeira vitória depois de 5 derrotas consecutivas.
Diogenes Fagner
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