O Vírus do Papiloma Humano (HPV) afeta a pele encontrada em áreas do corpo que são expostas à humidade, tais como a boca, reto, colo do útero e garganta. Comumente transmitido no sexo oral, o vírus aumenta as chances de desenvolver câncer de boca e garganta em até 22 vezes, é o que aponta um novo estudo publicado pela Faculdade de Medicina Albert Einstein, dos Estados Unidos, na revista Jama Oncology.
Segundo o pesquisador principal do estudo, Dr. Ilir Agalliu, o exame da saliva de pacientes pode ajudar no diagnóstico precoce desses tipos de câncer. 96 mil voluntários que não tinham câncer no início da pesquisa, forneceram amostras de saliva a dois laboratórios oncológicos, e 132 casos de câncer de boca e garganta foram diagnosticados quatro anos depois.
Especialistas acreditam que em 2020, esse tipo de câncer deva ser mais frequente do que o de colo de útero, entre as doenças causadas pelo papiloma vírus humano.
O câncer de boca pode ocorrer em várias áreas da boca, incluindo a língua, os lábios, o interior da bochecha, gengivas e garganta.
De acordo com especialistas, a detecção de câncer de boca em seus estágios iniciais pode melhorar as estimativas em 90% dos casos. Saber como identificar os sintomas do câncer de boca é, portanto, crucial. Alguns sintomas podem incluir manchas vermelhas ou brancas em sua língua ou boca, caroços, úlceras na boca, dor e dificuldade para engolir.
Como o tipo de HPV encontrado na boca provavelmente relacionado com a atividade sexual, é quase certo que o sexo oral seja um fator de risco para o câncer de boca. Dentre os casos da doença, 70% são causados pelo HPV.
O estudo apontou que pessoas detectadas com HPV tipo 16, um dos mais agressivos, tinham 22 vezes mais chance de desenvolver os dois tipos de câncer do que aqueles sem o vírus.
O NHS aconselha que durante o sexo oral, os homens usem preservativos e mulheres para utilizem um dique de borracha sobre os seus órgãos genitais para ajudar a prevenir a contratação do HPV.
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