quinta-feira, 3 de maio de 2018

Beber socialmente pode ser mais perigoso do que você pensa

Durante muito tempo, acreditou-se que o consumo moderado de bebida alcoólica não fazia mal. 
Pelo contrário, aquela cervejinha com os amigos ou um vinho tinto com o par romântico (ou sozinho, por que não?) poderiam até trazer ligeiros benefícios para o sistema imunológico, coração e diminuiria a incidência de diabetes entre consumidores ocasionais. Porém, um novo estudo demonstra: a história não é bem assim.
Financiado pelo Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido, pela British Heart Foundation, pelo Instituto Nacional de Pesquisa pela Saúde e outras instituições europeias, o estudo analisou os efeitos do álcool em cerca de 600 mil participantes espalhados por 19 países.

A conclusão foi que beber 100 gramas de álcool – o equivalente a sete copos de cerveja ou vinho – por semana aumenta, sim, o risco de morte e doenças cardiovasculares.

Usando um modelo matemático, os pesquisadores chegaram à seguinte estimativa: quem consome entre sete e 14 drinques por semana, tem a expectativa de vida reduzida em seis meses a partir dos 40 anos; os que degustam entre 14 e 24, semanalmente, têm um ou dois anos subtraídos; já aqueles que entornam mais de 24 copos a cada sete dias, removem, potencialmente, entre quatro e cinco anos de existência.

  • “Durante anos, havia uma noção de que beber álcool em uma quantidade moderada gerava melhores condições de saúde. Vamos ter de repensar isso”, afirmou Dan Blazer, um dos autores da pesquisa, para o site Vox.

Segundo o estudo, as noções erradas que as pessoas geralmente têm sobre o consumo de álcool se devem, em sua maior parte, aos esforços da indústria em financiar pesquisas e propagandas as quais beneficiam a imagem de seus produtos.

Antes de os amantes ocasionais da cerveja e do vinho se desesperarem, o estudo faz uma ressalva importante: o campo de pesquisa envolvendo os efeitos do álcool no corpo ainda está no início de seu desenvolvimento e há outros fatores que devem ser levados em conta ao falar de saúde, como os hábitos alimentares, nível de estresse e a prática ou não exercícios.

Metrópoles


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